domingo, 12 de janeiro de 2014

Mulher ganha dentição nova criada em uma impressora 3D.




Uma mulher de 83 anos ganhou um novo maxilar de uma forma bastante incomum: ela recebeu um implante que substituiu seu maxilar inferior com uma dentição impressa em 3D. O implante foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Hasselt (Bélgica) e cientistas holandeses, e foi a primeira vez que um implante do tipo substituiu um maxilar inferior inteiro.
A mandíbula inferior da mulher idosa ficou gravemente infectada e precisava ser removida. Considerando a idade da paciente, uma microcirurgia reconstrutiva levaria muito tempo e poderia ser arriscada. Portanto, um implante sob medida era a melhor escolha.
Normalmente, o implante demora alguns dias para ser feito, mas a nova tecnologia de impressão 3D leva apenas algumas horas. A impressora 3D fixa pó de titânio camada por camada, enquanto um laser controlado por computador assegura que as partículas corretas sejam unidas. 33 camadas representam um milímetro de altura, então foram necessárias milhares de camadas para construir esse implante dentário.
A mandíbula artificial recebeu um revestimento biocerâmico compatível com o tecido da paciente. O implante pesa 107 gramas, apenas 30 gramas a mais que um maxilar natural, mas o paciente pode facilmente se acostumar com isso. Usando tecnologia de impressão 3D, menos materiais são necessários e o tempo de produção é muito menor do que a fabricação tradicional.

Os pratos autolimpantes que não precisam ser lavados.

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Uma nova pesquisa das suecas Hanna Billqvist e Anna Glansén está estudando uma maneira de tornar a convivência de casais mais pacífica: elas querem criar um prato “autolimpante”, imbuído com um suposto revestimento especial que o torna impermeável à sujeira e líquidos.
As designers deste conceito intrigante desenvolveram protótipos através de uma colaboração com a empresa de pesquisa de materiais naturais Innventia, e do Instituto Real de Tecnologia da Suécia.
A Federação Sueca de Indústria Florestal encomendou o projeto como um meio de explorar novas maneiras de usar extrato de celulose, colhido das paredes celulares de plantas fibrosas. A louça autolimpante é composta por uma variação especial da substância, conhecida como nanocelulose, que não é apenas leve e maleável, mas também durável o suficiente para resistir a quedas acidentais. Na verdade, a força do material está a par do Kevlar, uma fibra sintética usada na fabricação de coletes à prova de balas.
As propriedades de autolimpeza são adicionadas aos produtos por meio da aplicação de um revestimento super-hidrofóbico que Glansén descreve como totalmente natural e construído para imitar a capacidade da folha de lótus.
  • Lavar roupa pra que ? Composto “autolimpante” mantém suas roupas sem bactérias
Um material é considerado super-hidrofóbico quando repele líquidos em um ângulo de contato muito alto (175 graus), ou seja, o ângulo em que uma gota de água entra em contato com a superfície.
Embora as pesquisadoras não tenham dado detalhes sobre como funciona o revestimento resistente à sujeira, elas afirmaram usar um processo chamado de expansão rápida de soluções supercríticas para criá-lo. O material é dissolvido em dióxido de carbono a alta pressão e temperatura, e, em seguida, pulverizado sobre a superfície do produto.
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No entanto, o uso de tecnologia hidrófoba em mercadorias comestíveis tem causado desconforto por conta de alguns problemas de segurança pública levantados. Por exemplo, o ácido perfluoroctanóico, agente químico fundamental no processamento do material teflon, um revestimento antiaderente aprovado pela Administração de Drogas e Alimentos americana para uso em equipamentos de cozinha, foi ligado a um aumento do risco de câncer e defeitos de nascimento em estudos com animais.
O site do produto afirma que o revestimento é estável e não tóxico no cozimento a temperaturas de até 260°C. E uma revisão de segurança do medicamento feita em 2006 pelo painel consultivo científico da Agência de Proteção Ambiental dos EUA concluiu que, enquanto o ácido é provavelmente carcinógeno, o risco é limitado apenas ao liberado para o meio ambiente como subproduto de fabricação de teflon. “A ligação entre panelas de teflon e câncer é um assunto completamente diferente”, disse o professor de química Robert Wolke, da Universidade de Pittsburgh. “Não há nenhum ácido no produto final, por isso não há risco de que a panela cause câncer”.
  • Novo material nunca fica molhado, mesmo debaixo de água
Há indícios encorajadores de que recipientes alimentares hidrofóbicos e seguros sejam introduzidos ao mercado ainda esse ano.
Em 2012, uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) inventaram LiquiGlide, um revestimento não tóxico hidrofóbico em spray que permite que garrafas de molho se esvaziem completamente. A superfície permanentemente escorregadia torna mais fácil para qualquer resíduo de ketchup deslizar para fora sem deixar vestígios. Os desenvolvedores desta tecnologia estão executando testes para garantir que atenda às normas de segurança e de saneamento para uso em alimentos.
Glansén diz que seu novo produto não é apenas seguro, mas funciona exatamente como anunciado, repelindo qualquer sujeira. Para limpá-lo, basta virá-lo ou colocá-lo de cabeça para baixo sobre uma pia. Embora ainda seja um conceito, ela diz que a tecnologia deve ser uma solução de longo prazo.
Por enquanto, a cliente dos designers, Innventia, detém os direitos sobre o projeto e está explorando a sua viabilidade no mercado.



O país mais feliz do mundo é…

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Felicidade é um conceito, para muitos, subjetivo. Ainda assim, não faltam pesquisas cientificas que tentam medir níveis de felicidades em países para descobrir onde a qualidade de vida é supostamente melhor.
No último relatório do tipo, que analisou mais de 150 países ao redor do mundo, pesquisadores estudaram dados de felicidade a partir de 2005 vindos em sua maioria do Gallup World Poll. Resultado: as pessoas mais felizes do planeta parecem viver na Escandinávia.
A conclusão é do segundo World Happiness Report (“Relatório de Felicidade no Mundo”) da Assembleia Geral da ONU, que classifica os países com base em várias medidas de bem-estar e analisa os fatores que contribuem para esse bem-estar.
A Dinamarca foi considerado o país mais feliz, seguido de Noruega, Suíça, Países Baixos (Holanda), Suécia e Canadá. Vale notar que esse não é o primeiro relatório que descobre que a Dinamarca é o pais mais feliz do mundo. Além disso, muitos dos figurantes do top 10 mais recente já apareceram em rankings semelhantes feitos por outras instituições.
A pontuação vai de 0 a 10. Confira a lista dos 10 mais felizes de 2013:
1. Dinamarca (7.693)
2. Noruega (7.655)
3. Suíça (7.650)
4. Holanda (7.512)
5. Suécia (7.480)
6. Canadá (7.477)
7. Finlândia (7.389)
8. Áustria (7.369)
9. Islândia (7.355)
10. Austrália (7.350)

E o mais tristes?

Os últimos 10 colocados da lista vêm principalmente do continente africano, caracterizado como o mais pobre do mundo. A exceção é a Síria, pais árabe do sudeste asiático. No entanto, não é de se estranhar que esteja nessa posição, visto que passa por um momento de grande tensão e guerra civil, além da ameaça de possíveis confrontos com outros países, como os EUA.
147. Senegal (3.959)
148. Síria (3.892)
149. Comores (3.851)
150. Guiné (3.847)
151. Tanzânia (3.770)
152. Ruanda (3.715)
153. Burundi (3.706)
154. República Centro-Africana (3.623)
155. Benim (3.528)
156. Togo (2.936)

Brasileiro, com muito orgulho, com muito amor… E com muita felicidade ?

O brasileiro tem, sem dúvida, a fama de ser um povo feliz. Não faltam músicas para falar das nossas maravilhas, paisagens belas, alegria, festas. Mas será que o ranking científico reflete esse senso comum?
O resultado podia, de fato, ser melhor. Pelo que se fala da nossa felicidade, o certo seria estar no top 10. Mas não podemos dizer que não somos felizes: entre 156 países, estamos na 24ª posição, na frente de muitos países europeus, como França (25), Alemanha (26), Espanha (38), Itália (45) e Portugal (85). Também figuramos na frente de outros latino-americanos, como Chile (28), Argentina (29), Colômbia (35), Bolívia (50) e Peru (55). Até mesmo superamos outros países com economia emergente, como Rússia (68) e China (93).
No entanto, perdemos em felicidade para Costa Rica (12), Emirados Árabes Unidos (14), Panamá (15), México (16), Estados Unidos (17) e Venezuela (20).
21. Bélgica (6.967)
22. Reino Unido (6.883)
23. Omã (6.853)
24. Brasil (6.849)
25. França (6.764)
26. Alemanha (6.672)
27. Qatar (6.666)
Veja o relatório completo, em inglês, aqui (o ranking completo de felicidade nos países, do 1 ao 156, está nas páginas 23, 24 e 25).
Felicidade maior ou menor?
A comparação do estudo desse ano com o do ano passado mostrou que, enquanto as pessoas ricas são mais felizes, em média, do que as pessoas pobres, o aumento do PIB (produto interno bruto) de um país não significa necessariamente um aumento do bem-estar. Por exemplo, o PIB triplicou nos Estados Unidos desde os anos 1960, mas o bem-estar do país estagnou.
Em média, as pessoas de todos os países estudados relataram sua felicidade como sendo 5,1, em uma escala de 0 a 10.
Essa felicidade não se manteve constante ao longo do tempo: 61 países se tornaram mais felizes, enquanto 41 países ficaram mais infelizes. A África Subsaariana e a América Latina estão se tornando mais felizes (o Brasil ficou ligeiramente mais feliz: +0,371), enquanto as nações industriais relatam menos bem-estar.

O que os políticos precisam saber

Mais de três quartos das diferenças nas pontuações de felicidade foram atribuídas a seis métricas-chave: PIB real per capita, expectativa de vida saudável, ter alguém para se apoiar, liberdade percebida ao fazer escolhas de vida, inexistência de corrupção e generosidade.
Os novos dados podem ajudar os formuladores de políticas públicas a ajustar suas propostas para impactar esses fatores, tais como o combate à corrupção, para aumentar a felicidade das pessoas.
Por fim, problemas de saúde mental, como depressão clínica e ansiedade, demonstraram um enorme impacto sobre o bem-estar das pessoas. No entanto, eles são muitas vezes ignorados pelos políticos.
“Existe hoje uma demanda mundial crescente de que a política seja mais alinhada com o que realmente importa para as pessoas, já que elas mesmas caracterizaram o seu bem-estar”, disse o coautor da pesquisa Jeffery Sachs, da Universidade de Columbia (EUA). “Cada vez mais os líderes mundiais estão falando sobre a importância do bem-estar como um guia para seus países e o mundo. O relatório oferece evidências que a medição e análise sistemática de felicidade podem nos ensinar muito sobre maneiras de melhorar o desenvolvimento sustentável e bem-estar no mundo”.
O relatório ainda constatou que habitantes felizes também fazem países melhores: nos lugares com mais alta felicidade, as pessoas vivem vidas mais longas e mais produtivas, têm rendimentos mais elevados e são melhores cidadãos.